Fundação Vovô Januário

 Fundada em 02 de Novembro de 1983 pelo saudoso Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, a Fundação Vovô Januário busca resgatar a cultura "Gonzagueana", incentivando a promoção do município de Exu como maior pólo de turismo dessa cultura; incentivando a juventude a estudar a cultura local, resgatando o artesanato, a música, a poesia, as danças, despertando o sentimento de filantropia junto a comunidade exuense. Busca também, resgatar e fazer permanecer as tradições dos bons costumes, através de atividades sócio-educacionais; apoiar os artistas da cultura popular da região, incentivando atividades e projetos cuja finalidade seja filantrópica e cultural.

Reginaldo Silva - Presidente
Fone: (87) 9261-4222 - 9239-8047
Você está convidado a visitar-nos na Av. Edmundo Dantas nº. 688, centro, Exu-PE

Januário era o nome do pai de Luiz Gonzaga, como este nos contou na famosa canção Respeita Januário. Ao contrário do filho famoso, ele nunca se profissionalizou, não foi morar na cidade grande, nem trocou sua sanfona de oito baixos pelos mais modernos acordeões com teclado de piano. No entanto, ele foi o mestre e a fonte de muitos dos sucessos do filho, que sempre reconheceu a dívida.

Os cantos e músicas tradicionais do Nordeste foram louvados por muita gente importante como uma das mais altas expressões culturais do povo brasileiro Isso é o que dizem escritores como Mário de Andrade e Ariano Suassuna; compositores como Heitor Villa-Lobos e César Guerra-Peixe; formuladores de nossas políticas culturais, como Aloísio Magalhães... Esta música tão rica também é exaltada em muitas peças publicitárias, governamentais ou empresariais, como sendo um dos componentes mais importantes da chamada "nordestinidade".

Mais importante do que isso, é o fato de que estes cantos e músicas tradicionais continuam sendo amados por grandes parcelas do povo nordestino, que usa e abusa deles para se divertir, para louvar a Deus, aos santos ou aos orixás, para amainar a dureza do trabalho e para ninar os filhos.

Mas instituições culturais brasileiras ainda não deram toda a atenção devida a este extraordinário "patrimônio imaterial". No que se refere à pesquisa, a desproporção é alarmante entre o pouco que se fez e o muito que há para se fazer na área. E para nós, aqui a pesquisa cultural é indissociável da valorização dos agentes da cultura. Não se pode pensar na música do Nordeste separada das mulheres e homens que a produzem. (Tal separação nos levaria a encarar a música tradicional como uma espécie de objeto: ou fóssil a ser preservado, ou exotismo a ser explorado comercialmente...) Para a Fundação Vovô  Januário, a música tradicional do Nordeste é antes de tudo uma realidade humana, viva; com os músicos tradicionais, estes Januários de hoje, queremos ajudar a conhecê-la e a valorizá-la como merece.


“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz pôr ver o seu nome reconhecido pôr outros poetas, como Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Alceu Valença. Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor.”

                                                                 (Luiz Gonzaga – Rei do Baião)


Biografia do Rei

 

Luís Gonzaga do Nascimento, conhecido também como "O Rei do Baião", foi uma das mais completas e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria e a sexualidade das festas juninas e dos forrós de-pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Admirado por grandes músicos, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Giló (1949) e Baião de Dois (1950). Nascido em Exu, interior de Pernambuco, filho do sanfoneiro seu Januário, o melhor sanfoneiro do sertão pernambucano, a quem tantas vezes homenageou, trabalhou na roça e animou os bailes da região com sua sanfona. Partiu para o Sul do país, em 1939, depois de ingressar no Exército e percorrer com o batalhão terras paraibanas, mineiras (onde conheceu o famoso sanfoneiro Domingos Ambrósio, que lhe ensinou mais sobre música) e paulistas. No Rio de Janeiro, deu baixa, disposto a ganhar a vida com a música. Freqüentou inicialmente os prostíbulos da zona do Mangue, tocando valsas, tangos e polcas. Em 1941, foi contratado no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Nacional, gravando, nos primeiros tempos, muita música instrumental e tentando encontrar um novo caminho no linguajar rural, compondo toadas. Em parceria com Humberto Teixeira, fez o baião virar moda. Em 1946, a música de ambos intitulada justamente Baião explodiu no mercado musical. A canção apresenta o gênero, com uma letra que é um convite ao também novo ritmo de dança: "Eu vou mostrar pra vocês/Como se dança o baião/E quem quiser aprender/É favor prestar atenção/Morena chegue pra cá/Bem junto ao meu coração/Agora é só seguir/Pois eu vou dançar o baião".

Januário

Luíz Gonzaga

Composição: Luiz Gonzaga
 
 

Quando eu voltei lá p´ro sertão e quis zombar de Januário
no meu fole prateado, só de baixo, cento e vinte,
botão bem juntinho, como nego empareiado
mas eu quis fazer bonito e de passagem por Granito
foram logo me dizendo:
de Taboca a Rancharia, de Salgueiro a bodocó
Januário é o maior, é o maior.
E foi aí que me falou meio zangado o véi Jacó
Luiz respeita Januário, Luiz respeita Januário
Luiz tu pode ser famoso mas teu pai é mais tinhoso
e com ele ninguém vai Luiz
respeita os oito baixos do teu pai.


Contatos

Fundação Vovô Januário

Av. Edmundo Dantas 688
Exu
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(87) 9953-1863 - Falar com Reginaldo Silva


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Joquinha Gonzaga

 

Cantor e compositor, neto de Januário, sobrinho de Gonzagão.

Contato para shows: (87) 9995-5829